sexta-feira, 30 de julho de 2010

Viúva sem nada -Daniel e Samuel


Viúva sem nada
Daniel e Samuel

Faltava tudo.
Só tinha um pouco de azeite em uma botija
No canto da casa
Faltava pão.
E quem olhava no fogão não encontrava lenha
Nem fogo nem brasa
Viúva sem nada.
Viúva sem nada,
O povo assim falava

Faltava amigos
Apenas alguns inimigos, certos cobradores se aproximavam,
Outros assim falavam
Queremos levar os seus filhos pra serem escravos
E ela chorava.
Viúva sem nada, viúva sem nada, o povo assim falava

Mas Deus ouviu ela chorando então se comoveu
E fez com que ela se lembrasse do profeta seu
Então se viu uma viúva em busca de Eliseu

Vai - Disse o profeta assim
Deus já falou para mim que vai te abençoar
Que vai mudar a historia à partir de agora
Traga mais vasilhas porque o azeite vai multiplicar até transbordar
Agora, agora

Seus filhos não serão escravos e você não vai perder mais um centavo
Porque sua casa será um depósito das bençãos do Senhor

Na casa que faltava agora vai sobrar
Viúva que chorava agora vai cantar
Onde não tinha nada hoje vai ter tudo
Aquele que cobrava agora vem pagar
O fogão que era frio agora está queimando
O celeiro vazio está transbordando
Quem te viu sofrendo agora está vendo Deus te abençoando
Agora agora

A engenhosidade divina


dayer brayner e Mywky
Tirada por taelSilva


A Hidrelétrica de Itaipu, localizada nas fronteiras do Brasil e o Paraguai, é uma obra ímpar da engenharia.

Junto à ponte Golden Gate, o Eurotúnel, é considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno.

Foram grandes os desafios enfrentados para a sua construção: desviar o leito do rio, construir a barragem, preservar a fauna e a flora.

São milhões de toneladas de concreto. Em verdade, concreto suficiente para se construir 210 estádios de futebol do tamanho do Maracanã.

Concreto e cimento. E turbinas com capacidade, cada uma delas, para gerar eletricidade suficiente para abastecer uma cidade de um milhão e meio de habitantes.

A Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá é outra arrojada obra da engenharia, onde o homem desafiou os abismos e venceu as montanhas.

Alongando pontes para unir extremidades, explodiu a rocha para penetrar na intimidade dos morros.

São 110 quilômetros de estrada, com 13 túneis atravessando rocha maciça.

Qualquer pessoa que faça o trajeto ferroviário, não poderá deixar de reverenciar a extraordinária obra da engenharia, inserida no belo panorama da natureza da Serra do Mar.

Duas obras da engenharia. Arrojadas na concepção. Magníficas nos benefícios que proporcionam.

Uma e outra romperam a barreira dos anos, demonstrando que os que as conceberam pensaram grande. Muito à frente do seu próprio tempo.

Para que construir uma hidrelétrica com tamanha potência de geração de eletricidade? O que se fará com tudo isso?

Para que enfrentar a rocha, os abismos, para construir uma ferrovia? Já não há a Estrada da Graciosa, magnífica?

Eram questões levantadas pelos que somente pensam no seu presente. Pensam pequeno.

Mas os gênios são assim. Extrapolam o tempo, idealizam. Pensam grande. Graças a eles o progresso se faz contínuo, em benefício das comunidades.

E se o homem apresenta tal genialidade, imagine-se o Criador do homem.

Por isso é que as mentes abertas não se cansam de perguntar:

Quem acende as estrelas? Quem puxa o manto da noite? Quem acorda o sol e suspende a lua?

Sim, são as crianças. Esses seres inigualáveis, que não se cansam de fazer perguntas. Perguntas que o homem comum sequer cogita.

Mas, elas indagam. E, geniais, argumentam muito além do que o comum de muitos que andam pela Terra acreditando tudo saber.

E, para as suas perguntas a respeito do Mundo, do Universo e das coisas que parecem inexplicáveis, a sabedoria das mães tem uma palavra: Deus!

Sim, Deus é o Criador de todas as coisas. A Inteligência Suprema do Universo.

O amor gerador de tudo que existe, nosso Pai.

É Ele que não cessa de criar. Que não se cansa de inventar mais maravilhas, para que o homem não pare de pesquisar, indagar, descobrir.

Para que use a inteligência que Ele lhe deu para crescer e iluminar-se, como as estrelas que enriquecem de luzes o firmamento.

* * *

Um poeta escreveu que, aos seis anos, encantado com o mar e os ventos, perguntou para sua mãe:

Que pode haver maior do que o oceano, ou que seja mais forte do que o vento?

E sua memória recorda que sua mãe olhou para os céus, sorriu e respondeu:

Um ser que nós não vemos. É maior do que o mar que nós tememos. É mais forte que o tufão, meu filho.

É Deus!

O poeta se chama Casimiro de Abreu.

Preciso de alguém...


Dayer Brayner & Vanessa
Foto tirada por TaelSilva

Vanessa II
foto tirada por taelSilva


Você tem amigos?

Em caso positivo, então sabe o quanto é importante ter amigos verdadeiros.

Muito já se falou desses tesouros chamados amigos, mas nem todas as pessoas lhes dão o devido valor.

Quando não se é rico, nem importante, nem famoso, é fácil saber quem são os amigos, pois, em tese, não têm outro móvel para uma aproximação, que não seja a amizade pura e simples.

O mesmo não acontece com pessoas ricas ou famosas, pois aí poderá haver aproximações movidas por interesses e conveniências, nem sempre baseados na amizade sincera.

É muito comum que pessoas famosas, muitas vezes, se sintam solitárias, fiquem depressivas e apáticas, por falta de alguém em quem possam confiar incondicionalmente.

Talvez seja por essa razão que uma poetisa escreveu o seguinte:

Preciso de alguém que me olhe nos olhos quando falo; que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência.

E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos.

Preciso de alguém que venha brigar ao meu lado, sem precisar ser convocado.

Alguém amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso.

Nesse mundo de céticos, preciso de alguém que creia nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: a amizade.

Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa.

Preciso de um amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida. Mesmo que isto seja muito pouco para suas necessidades.

Preciso de um amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias e que, no meio da tempestade, grite em coro comigo: "Nós ainda vamos rir muito disso tudo."

E ria muito. E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma amizade verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela...

A verdadeira amizade está acima de quaisquer valores financeiros. Todo o dinheiro do mundo não seria suficiente para adquirir uma amizade leal, já que é um sentimento que não está à venda.

E por mais rico que seja um ser humano, ele não será completamente feliz se não contar com, pelo menos, um amigo fiel.

De nada valeria ser a pessoa mais famosa do mundo, se não puder contar suas alegrias a um amigo.

De nada adiantaria ter todas as riquezas materiais que o mundo pode oferecer, se não houver uma amizade para compartilhar.

Por outro lado, ainda que a pessoa seja a mais pobre da face da Terra, se tiver um amigo verdadeiro, nunca passará necessidade.

* * *

Quando outras emoções se enfraquecem no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada das pessoas que se estimam.

Ter amizade é ter coração que ama e esclarece, que compreende e perdoa, nas horas mais amargas da vida.

A amizade pura é uma flor que nunca morre.

terça-feira, 13 de julho de 2010

O potencial de cada um






Conta-se que, certa vez, os animais de uma floresta que estava sendo devastada pelos homens se reuniram para discutir os seus problemas.

Decidiram, após amplos debates, que a coisa mais importante a fazer seria criar uma escola.

Organizaram um currículo que objetivava desenvolver as habilidades de voar, saltar, nadar, correr e escalar. Todas consideradas necessárias e importantes para quem vive em uma floresta.

No entanto, apesar de terem utilizado métodos muito avançados, o desempenho dos alunos não foi dos melhores e a maioria conseguiu apresentar rendimento satisfatório em apenas uma ou duas habilidades.

O pato foi excelente em natação mas apenas razoável em voos e péssimo em corridas.

Para melhorar em corrida treinou tanto que gastou suas patas e não conseguiu nadar como antes, baixando seu aproveitamento em natação.

O coelho, que vinha se destacando em corrida, desde o início do curso, acabou sofrendo um colapso de tanto se esforçar para melhorar em natação.

A capivara, que nadava e corria muito bem, acabou se esborrachando ao tentar voar. O susto foi tão grande que ela ficou traumatizada e não conseguiu mais nem correr, nem nadar.

Os pássaros, por sua vez, protestaram, desde a criação da escola, porque a habilidade de cantar não estava incluída no currículo.

Para eles, o canto era de importância fundamental para a qualidade de vida na floresta.

Quando o currículo todo foi dado, o único animal que concluiu o curso e fez o discurso de formatura foi a enguia.

Não que ela tivesse maiores habilidades. Em verdade, ela não se esmerara em nada e conseguira fazer um pouco de todas as matérias mais ou menos pela metade.

* * *

Com certeza, ao imaginarmos uma capivara tentando voar ou um coelho se dedicando à natação, rimos da história.

Mas, se olharmos ao nosso redor, vamos nos dar conta de que, por vezes, agimos exatamente como os animais da escola da floresta.

É quando tentamos considerar todas as pessoas iguais, destruindo o potencial da criatura de ser ela mesma.

Assim é quando, na posição de pais, insistimos com nosso filho para que siga determinada profissão.

Ele adora dançar mas nós lhe dizemos que isso não lhe conferirá uma carreira de sucesso e insistimos para que abrace a profissão que toda a família segue.

Até mesmo porque ele deve dar continuidade à tradição ou assumir o negócio da família, logo mais.

Por isso é que algumas empresas de tradição, em determinado momento, passando a ser administradas por quem não tem potencial nem vontade para o tipo de negócio, acabam por desaparecer.

Ou então, a pessoa desenvolve as habilidades que lhe são exigidas, mas nunca será um profissional de qualidade. Isso porque não ama o que faz.

E se transformará em uma criatura frustrada, infeliz, sempre reclamando de tudo e de todos.

Pensemos nisso e passemos a valorizar mais a habilidade e o potencial de cada um.

Lembremos que a natureza é tão exuberante exatamente pelas diferenças que apresenta nos reinos mineral, vegetal, animal onde cada um é especial e desempenha, na Terra, a missão que o Divino Criador lhe confiou.

A montanha da vida



A vida pode ser comparada à conquista de uma montanha. Como a vida, ela possui altos e baixos. Para ser conquistada, deve merecer detalhada observação, a fim de que a chegada ao topo se dê com sucesso.

Todo alpinista sabe que deve ter equipamento apropriado. Quanto mais alta a montanha, maiores os cuidados e mais detalhados os preparativos.

No momento da escalada, o início parece ser fácil. Quanto mais subimos, mais árduo vai se tornando o caminho.

Chegando a uma primeira etapa, necessitamos de toda a força para prosseguir. O importante é perseguir o ideal: chegar ao topo.

À medida que subimos, o panorama que se descortina é maravilhoso. As paisagens se desdobram à vista, mostrando-nos o verde intenso das árvores, as rochas pontiagudas desafiando o céu. Lá embaixo, as casas dos homens tão pequenas...

É dali, do alto, que percebemos que os nossos problemas, aqueles que já foram superados são do tamanho daquelas casinhas.

Pode acontecer que um pequeno descuido nos faça perder o equilíbrio e rolamos montanha abaixo. Batemos com violência em algum arbusto e podemos ficar presos na frincha de uma pedra.

É aí que precisamos de um amigo para nos auxiliar. Podemos estar machucados, feridos ao ponto de não conseguir, por nós mesmos, sair do lugar. O amigo vem e nos cura os ferimentos.

Estende-nos as mãos, puxa-nos e nos auxilia a recomeçar a escalada. Os pés e as mãos vão se firmando, a corda nos prende ao amigo que nos puxa para a subida.

Na longa jornada, os espaços acima vão sendo conquistados dia a dia.

Por vezes, o ar parece tão rarefeito que sentimos dificuldade para respirar. O que nos salva é o equipamento certo para este momento.

Depois vêm as tempestades de neve, os ventos gélidos que são os problemas e as dificuldades que ainda não superamos.

Se escorregamos numa ladeira de incertezas, podemos usar as nossas habilidades para parar e voltar de novo. Se caímos num buraco de falsidade de alguém que estava coberto de neve, sabemos a técnica para nos levantar sem torcer o pé e sem machucar quem esteja por perto.

Para a escalada da montanha da vida, é preciso aprender a subir e descer, cair e levantar, mas voltar sempre com a mesma coragem.

Não desistir nunca de uma nova felicidade, uma nova caminhada, uma nova paisagem, até chegar ao topo da montanha.

* * *

Para os alpinistas, os mais altos picos são os que mais os atraem. Eles desejam alcançar o topo e se esmeram.

Preparam-se durante meses. Selecionam equipe, material e depois se dispõem para a grande conquista.

Um desses arrojados alpinistas, Waldemar Nicliewicz, o brasileiro que conquistou o Everest, disse: Quem de nós não quer chegar ao alto de sua própria montanha?

Todos nós temos um desejo, um sonho, um objetivo, um verdadeiro Everest. E este Everest não tem 8.848 metros de altitude, nem está entre a China e o Nepal. Este Everest está dentro de nós.

É preciso ir em busca deste Everest, de nossa mais profunda realização.