domingo, 31 de janeiro de 2010

Idolatria-Nelson & Valmir


tem muitas pessoas no mundo
vivendo com a vida vazia
adorando idolatria
pensando que isso vai lhe salvar um dia
quando chegar a enfermidade
o que você vai fazer?
clamando a um deus que não fala
a um deus que não ouve
a um deus que não vê
mas chame jesus cristo
você vai sentir que muda tudo na hora
ele é o primeiro e te dá vitória
quem vai te dar salvação
não é pedro, não é paulo e nem tão pouco maria
quem vai te dar salvação é jesus
é o rei, é o deus de todos os dias
eu também vivi enganado nesse mundo de ilusão
pensava que o deus de madeira com toda certeza
iria me dar salvação
mas vi que tudo estava errado
depoi eu pude entender
que eu clamava a um deus que não fala
a um deus que não ouve
a um deus que não vê
mas eu chamei jesus cristo e logos semti
que muda tudo na hora
ele é o Deus verdadeiro
ele é o primeiro
e dá vitória

Menino De Rua-Nelson & Valmir


hoje de manhã saí de casa muito sorridente
alegre a cantar
passando uma esquina da rua
um jovem muito triste a chorar
me aproximei por um momento
de um alguém pra ele comecei falar
ele levantou rapidamente, com um olhar tão diferente
e deste jeito começou a falar
eu quero este nome
o nome que mudou sua cabeça
mbora eu sei que não mereça
eu quero este nome em minha vida
o nome deste homem e aquele
que ao mundo trouxe a luz
o nome deste homem é jesus
o nome que mudou a minha vida

Ele Voltou - Nelson & Valmir


se alguém bater à sua porta
e ver que ninguém atendeu
será que não está sendo a volta
do filho de deus?
você vai dizer quem bateu
insistiu e ninguém atendeu
será que não está sendo
a volta do filho de Deus
ele voltou, voltou pra levar sua igreja
os crentes que muito sofreram
jesus já levou

alguém chega logo correndo
em um desepero profundo
dizendo levaram o meu filho que estava dormindo
naquele momento de dor o mundo começa a sentir
e o pove gritando bem alto
dizendo assim
ele voltou, voltou pra levar sua igreja
os crentes que muito sofreram
jesus já levou

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Falando com Deus


Certa vez, uma mãe viu seu filhinho sentado em um canto da sala, recitando alto as letras do alfabeto: a, b, c, d, e, f, g...

Intrigada, ela se aproximou e lhe perguntou: filho, o que você está fazendo?

Mamãe, você me disse para eu orar sempre a Deus. Acontece que eu não sei como fazer. Então resolvi ir dizendo o alfabeto inteiro para Deus, pedindo que faça uma boa oração com essas letras.

O fato poderia ser tomado como uma dessas coisas de criança se não houvesse tanta fé na simplicidade do gesto. Simplicidade que esquecemos muitas vezes.

Quantas vezes dizemos que não sabemos orar ou como nos dirigir ao criador. Chegamos a pedir a outros que orem por nós, pelas nossas necessidades, pelos nossos afetos, porque não sabemos como orar.

E é tão simples. Orar é dialogar com quem é o maior responsável pela nossa vida, por tudo que somos, desde que nos originamos da sua vontade: Deus.

Não há necessidade de palavras difíceis, rebuscadas ou decoradas. A oração deve ser espontânea, gerada pela necessidade do momento. Ou por um momento de intensa alegria, uma conquista concretizada, um objetivo alcançado.

Já nos ensinou o Mestre Galileu em seu tempo: não creiais que por muito falardes, sereis ouvidos. Não é pela multiplicidade das palavras que sereis atendidos.

E sabiamente ainda ensinou Jesus que se devia orar ao Pai em secreto. Portanto, existem muitas preces que nem chegam a ser proferidas. Explodem da alma para os céus sem que os lábios tomem parte, sem que as cordas vocais sejam acionadas.

Deus vê o que se passa no fundo dos corações. Lê o pensamento dos seus filhos.

A oração pode se tornar incessante em nossas vidas sem que haja necessidade de tomarmos qualquer postura especial. A prece pode ser de todos os instantes, sem nenhuma interrupção dos nossos trabalhos.

Pode consistir no ato de reconhecimento a Deus quando escapamos de um acidente que poderia ser fatal. Pode ser um momento de êxtase pela beleza do oceano que joga suas ondas contra as rochas, desejando arrebatá-las para o seu seio.

Ou, ainda, ante o espetáculo de cores do arco-íris após a tormenta que despetalou as rosas.

Sem fórmulas prontas, sem palavras encomendadas ou de difícil pronúncia.

Rogar, agradecer. Exatamente como a criança que ganha um brinquedo, pula no colo do pai, e diz sorrindo: obrigado, papai. Adorei.

Ou, quando, súplice, pede: papai, compra um sorvete? Ah, por favor. Compra, papai.

Singeleza, simplicidade. É assim que devemos dialogar com Deus, nosso Pai.

***

Deus, em sua infinita misericórdia, criou um canal especial de comunicação para que a qualquer hora, em qualquer lugar, todo ser pensante pudesse falar com ele.

Este canal chama-se prece. Acessível ao pobre, ao abastado, ao letrado e ao desprovido de recursos intelectuais. À criança e ao adulto; a quem crê e até mesmo a quem não crê mas que um dia se dá conta que é muito confortador ter um Pai que escuta sempre, atende e socorre.

Não se esqueça de usar o seu canal especial de comunicação.

A liição do Jardineiro


Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone, um jardineiro autônomo para fazer a manutenção do seu jardim.

Chegando em casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 15 ou 16 anos de idade. Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço.

Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa.

O garoto ligou para uma mulher e perguntou: "A senhora está precisando de um jardineiro?"

"Não. Eu já tenho um", foi a resposta.

"Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo."

"Nada demais, retrucou a senhora, do outro lado da linha. O meu jardineiro também faz isso."

O garoto insistiu: "eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço."

"O meu jardineiro também, tornou a falar a senhora."

"Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível."

"Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente. Nunca me deixa esperando. Nunca se atrasa."

Numa última tentativa, o menino arriscou: "o meu preço é um dos melhores."

"Não", disse firme a voz ao telefone. "Muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom."

Desligado o telefone, o executivo disse ao jardineiro: "Meu rapaz, você perdeu um cliente."

"Claro que não", respondeu rápido. "Eu sou o jardineiro dela. Fiz isto apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo."

Em se falando do jardim das afeições, quantos de nós teríamos a coragem de fazer a pesquisa deste jardineiro?

E, se fizéssemos, qual seria o resultado? Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno jardineiro?

Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso, aparado as arestas dos azedumes e dos pequenos mal-entendidos?

Estamos permitindo que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença nos canteiros onde deveriam se concentrar as flores da afeição mais pura?

Temos lubrificado, diariamente, as ferramentas da gentileza, da simpatia entre os nossos amores, atendendo as suas necessidades e carências, com presteza?

E, por fim, qual tem sido o nosso preço? Temos usado chantagem ou, como o jardineiro sábio, cuidamos das mudinhas das afeições com carinho e as deixamos florescer, sem sufocá-las?

***

O amor floresce nos pequenos detalhes. Como gotas de chuva que umedecem o solo ou como o sol abundante que se faz generoso, distribuindo seu calor.

A gentileza, a simpatia, o respeito são detalhes de suma importância para que a florescência do amor seja plena e frutifique em felicidade.

Cuidados com a divulgação




O pai de família chegou em casa após o dia de trabalho e encontrou a mesa do jantar já posta à sua espera.

Quando todos os familiares tomaram seus lugares para compartilhar daquele momento que deveria ser de tranqüilidade, o pai começou a contar sobre um incêndio criminoso ocorrido na cidade.

Referiu-se à esperteza do malfeitor que o provocou.

Explicou, nos mínimos detalhes, todos os passos do criminoso para atingir seu objetivo. Descreveu cenas emocionantes.

Contava tudo gesticulando como se estivesse fazendo a reconstituição da cena.

Enumerou todos os materiais que o rapaz usara para desencadear o incêndio.

Depois que acabou sua refeição, ausentou-se, em companhia da esposa, para suas atividades costumeiras no templo religioso.

Entretanto, não havia passado uma hora quando foi chamado às pressas para que voltasse ao lar.

De retorno, pôde perceber, ao longe, que sua casa estava em chamas.

As labaredas consumiam com voracidade o lar que até bem pouco tempo abrigava a família tranqüila.

Imediatamente o pai de família começou a praguejar contra tudo e contra todos, tentando achar o responsável pela desgraça.

Pensava, consigo mesmo, que isso só poderia ser obra de um louco.

Em poucos minutos vários pensamentos passaram por sua mente em busca de algo que justificasse aquele ataque misterioso.

Não tinha inimigos declarados. Não se lembrava de ter dívidas com ninguém.

Por fim, admitiu que o incêndio só poderia ser fruto de um acidente. Sim, teria que ser um mero acidente.

Preocupado com os filhos, buscou-os imediatamente em meio à fumaça e os encontrou protegidos em baixo de uma das árvores do quintal.

Notou, todavia, que o seu garoto de oito anos se escondia por trás dos demais, temendo reprimendas.

Aproximou-se, para ficar sabendo que fora o próprio filho a atear fogo na casa, copiando todos os pormenores da descrição do incêndio criminoso feita pelo pai.

***

Nunca nos esqueçamos da cautela que devemos ter em nossos comentários sobre acontecimentos menos felizes.

Quem nutre conversação inconveniente, pode estar colaborando com a divulgação do mal dentro do próprio lar.

Devemos considerar que o mal não merece comentários em momento algum, a menos que seja para ser corrigido.

Pense nisso!

Quando você quiser que uma notícia ou idéia seja esquecida, não a comente.

Foi combatendo as doutrinas e idéias consideradas maléficas que a humanidade as popularizou e tornou conhecidas.

Assim, a melhor maneira de se combater o mal é dar-lhe total esquecimento.

Pense nisso!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Delinquencia


Foto:Dayer Brayner

Quando se fala em delinqüência, muitos pais sofrem só em pensar no que esse termo representa.

Alguns de nós pensamos e repensamos em como pode uma criança, dócil e amável durante a infância, tornar-se um delinqüente mais tarde.

Nós não nos damos conta, mas somos, enquanto educadores, os maiores responsáveis pela delinqüência que vige no mundo.

O Departamento de Polícia de Houston, Texas, elaborou uma lista, enumerando 9 maneiras fáceis de criar um delinqüente. A lista é a seguinte:

1. Comece, na infância, a dar ao seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando crescer, acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que deseja.

2. Quando ele disser palavrões, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante.

3. Nunca lhe dê orientação religiosa. Espere até que ele chegue à maioridade e "decida por si mesmo".

4. Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade.

5. Discuta com freqüência na presença dele. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.

6. Dê-lhe todo o dinheiro que quiser. Nunca o deixe ganhar seu próprio dinheiro. Por que terá ele de passar pelas mesmas dificuldades pelas quais você passou?

7. Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. (Negar pode acarretar frustrações prejudiciais.)

8. Tome o partido dele contra vizinhos e policiais. (Todos têm má vontade para com o seu filho.)

9. Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: "Nunca consegui dominá-lo."

Por último, uma advertência: prepare-se para uma vida de desgosto. É o seu merecido castigo.

* * *

Quando nos queixamos do desgosto por que nos fazem passar os filhos, normalmente esquecemos todos esses detalhes enumerados pela Polícia de Houston.

E enquanto nossos filhos ainda são crianças imaginamos que jamais venham a delinqüir.

Em verdade é esse o nosso mais profundo desejo. No entanto, é bem possível que nos equivoquemos procurando acertar. Procurando fazer o melhor para esses seres tão queridos aos nossos corações.

Se temos a intenção de fazer de nossos filhos cidadãos responsáveis e dignos, comecemos a prestar mais atenção na forma de educação que lhes damos.

Ensinar-lhes a tolerar frustrações, ensinar-lhes disciplina, responsabilidade, é de bom senso.

Consideremos sempre que nossos filhos são Espíritos reencarnados, e como tal, trazem consigo a bagagem de erros e acertos conquistados ao longo das existências.

Todos renascemos para crescer na escala evolutiva. Sejamos os impulsionadores daqueles a quem Deus nos confiou a educação.

Dessa forma, de nada teremos que nos arrepender mais tarde, quando tivermos que prestar contas às Leis Divinas.

* * *

É na adolescência que o Espírito retoma a bagagem de experiências acumuladas ao longo da sua caminhada evolutiva.

É que na adolescência o corpo e o psiquismo já estão preparados para receber essas informações.

Não é outro o motivo pelo qual muitos pais desconhecem os filhos, que passam a ser outra pessoa, dizem, quando chegam à adolescência.

Até aos 7 anos de idade a criança é mais receptiva aos ensinamentos.

Por isso, devemos nos esmerar para passar uma educação efetiva, de forma que essa possa suplantar as informações equivocadas que porventura traga o nosso filho, de existências anteriores.

Adolescentes antes da hora




Namorar, ficar, pedir para sair com a galera, tudo está programado para depois dos quatorze anos. Mas, pequenos a partir dos oito anos já estão assustando os adultos com atitudes que deveriam ser de adolescentes com mais de quinze anos.

Sempre há quem aplauda e ache bonito que as crianças cresçam rápido. Afinal, estamos no terceiro milênio, a era da informática e da aldeia global.

Contudo, tudo isso faz muito mal. Para os adultos e para as crianças. É que elas começam a atropelar seu compasso de amadurecimento, ao qual até já se deu um nome: síndrome da adolescência precoce.

É síndrome porque não é uma adolescência de fato. Até em torno dos 11 anos de idade, os pequenos não têm a devida estrutura psíquica para processar emoções que surgem em situações complexas vividas pelos maiores.

Um beijo sensual, uma tragada, um gole de bebida alcoólica ricocheteia no corpo e não encontra lugar para se encaixar. Não dá prazer. Só fazem com que eles se achem importantes.

Mas sem prazer no que fazem, sem dar conta do que estão sentindo, acabam desgastados e sobrecarregados. Abre-se o caminho para a depressão e a agressividade.

Tentando ser o que não podem, correm o risco de ficar sem nenhum lugar. É por isso que a atitude dos pais se faz muito importante.

Dos seis aos onze anos é a fase em que a criançada tem tudo para ser tranqüila, não rebelde.

É a hora de copiar os pais, de se pentear, se vestir, andar e falar como eles. É a fase em que os meninos grudam nos pais e as meninas são a sombra das mães.

Isto contribui para que se definam como masculino e feminino. Cabe aos pais auxiliar os seus filhos nessa fase.

Sua tarefa é assumir o lugar de importância máxima para seus imitadores e admiradores. Devem falar de si, das suas atividades, o que fazem, o que sentem. Ensinar a sentir. E, naturalmente, dar limites. Só pode ser referência para uma criança, quem cuida dela. E só quem coloca limites realmente cuida.

É assim que se mostra aos pequenos o valor real no mundo. O valor de quem merece ser cuidado e que tem um duro trabalho de amadurecimento para realizar, em seu tempo certo.

Sem esta posição, sem esta ajuda, as crianças ficam à mercê de comportamentos ilusórios e com a falsa impressão de que só serão bons se forem como os grandes, mesmo que estes apenas pareçam ser grandes.

Vão se sentir inferiores e fazer tudo para parecer crescidos, a fim de acompanhar os demais. Poderão ficar ousados ou poderão ficar com aquela impressão amarga de que estão perdendo todo seu tempo, que a juventude lhes está escorrendo através dos dedos, enquanto os outros estão, sim, gozando a vida.

***

A tarefa da educação começa no berço, e não mais tarde. A criança e o adolescente, embora possam parecer ingênuos, puros, quase nunca o são.

Podem trazer experiências nem sempre positivas de existências anteriores. Em razão disso, é indispensável a educação no seu sentido mais amplo e profundo, a fim de que adquiram valores verdadeiros, reais, superando as dificuldades.

Para esse nobre objetivo são indispensáveis o amor, o conhecimento e a disciplina. Somente assim, serão gravadas nestas almas, que estão reescrevendo a própria história, as lições que as deverão acompanhar para sempre.

Dois pesos e duas medidas




"Bem aventurados os que têm sede de justiça, porque serão saciados". Essa afirmativa de Jesus nos faz pensar se podemos nos incluir no número dos que têm sede de justiça.

Segundo os dicionários, justiça quer dizer conformidade com o direito; virtude de dar a cada um o que é seu. Jesus, no entanto, se referiu à justiça, recomendando que fizéssemos ao próximo o que gostaríamos que o próximo nos fizesse.

Todavia, nós, que tantas vezes temos cobrado da divindade que sacie a nossa sede de justiça, se analisarmos profundamente, não estamos verdadeiramente com sede de justiça, no real sentido do termo.

No convívio diário, muitas vezes nos surpreendemos agindo de forma injusta.

O trato com as pessoas que nos rodeiam é diferenciado conforme a posição social ou financeira, de subalternidade ou de autoridade, de que cada uma esteja investida.

Se nos dirigimos à serviçal que faz a faxina, por exemplo, falamos de determinada forma, num tom de voz e atenção distintos dos que empregamos para falar com pessoas que ocupam cargos que, a nosso ver, são mais importantes.

Se a pessoa que nos procura está vestida com trajes elegantes, mesmo que não saibamos de quem se trate, a nossa deferência é imediata. Mas, se está envolta em andrajos, bem diferente é a nossa atenção.

Outro exemplo, é quando nosso veículo começa a demonstrar sinais de que em breve terá o motor fundido. Qual a primeira idéia que nos vem à mente?

Se fossemos pessoas justas, certamente faríamos uma boa revisão reparando os danos e, ao ofertá-lo a alguém, no caso de venda, falaríamos a verdade ao comprador.

Mas o que normalmente ocorre é a idéia de passá-lo adiante o mais rápido possível. E quem comprá-lo que fique com o prejuízo, afinal o mundo é dos espertos, pensamos. E nos dizemos pessoas justas!

Se o inverso acontece conosco, imediatamente nos indignamos diante do que chamamos uma grande desonestidade. Como pode alguém nos vender um veículo prestes a fundir o motor? Que injustiça!

Se observamos os governantes corruptos a tirar vantagens pessoais com os recursos públicos, imediatamente levantamos a voz e clamamos por justiça.

Mas quantos de nós compramos atestados falsos, para ludibriar o patrão e receber o salário integral?

Usamos, nos vários momentos, dois pesos e duas medidas. E como nos conhecemos, sabemos porque agimos dessa maneira. Sabemos quais são as nossas verdadeiras intenções.

Assim, podemos nos perguntar: será que temos mesmo sede de justiça? Ou será que nos pesos e medidas só temos pensado em nós mesmos?

A promessa do Cristo é real e se cumprirá quando efetivamente tivermos sede de justiça, usando, como a justiça divina, um único peso e uma única medida, com imparcialidade.

Pense nisso!

Os Espíritos Superiores recomendam que caso tenhamos dúvidas quando ao procedimento que devemos adotar para com o próximo, que nos coloquemos no lugar deste e façamos exatamente o que desejaríamos que nos fosse feito.

Dessa forma, jamais nos equivocaremos, uma vez que todos queremos o melhor para nós mesmos.

Drama de um apaixonado




- Quando a conheci eu tinha apenas 16 anos. Ela, eu não sei. Fomos apresentados numa festa por um rapaz que se dizia meu amigo. Foi atração à primeira vista.

- Ela me enlouquecia. Nossa ligação chegou a um ponto que já não conseguia viver sem ela.

- Mas era uma relação proibida. Meus pais não aceitavam. Fui repreendido na escola e passei a buscá-la às escondidas. Mas aí não deu mais. Fiquei louco. Eu queria, mas não a tinha. Eu não podia permitir que me afastassem dela. Eu a desejava, sempre mais.

- Num dia de descontrole eu bati o carro, quebrei tudo dentro de casa e quase matei minha irmã.

- Eu estava louco, desesperado, precisava dela...

- Hoje tenho 39 anos. Estou internado num hospital, sou inútil e vou morrer abandonado pelos meus pais, pelos amigos e por ela.

- Sabe qual o seu nome?

- Cocaína.

- Devo a ela minha juventude, minha vida, minha destruição, minha morte..."

Esse desabafo vem assinado por um famoso cantor norte-americano que morreu há alguns anos e foi transcrito no jornal interno de uma empresa multinacional, visando alertar pais e filhos sobre o drama de pessoas que se tornam dependentes de drogas.

Hoje o texto circula pela Internet, e é dedicado a todos os jovens apaixonados por ela, ou não, para que meditem sobre esse tipo de obsessão que não leva a nada, só destrói.

É um alerta aos pais de que é necessário preencher o vazio que se instala no coração dos jovens, para que eles não procurem apoio em braços de falsos amigos, que podem apresentá-los às drogas.

E quando se fala em drogas, não imaginemos que o perigo está somente naquelas que são proibidas.

Há muito jovem entregando sua saúde, sua juventude, seus sonhos e a sua vida, a esses venenos livres que conhecemos como cigarro e álcool.

São drogas socialmente aceitas, mas que têm levado muitos dos nossos moços a um sinistro fim, sob os olhares passivos de pais e de governantes.

Quanto vale, afinal, a vida de um jovem?

Certamente nem todo o dinheiro arrecadado com impostos sobre a comercialização desses venenos, vale a vida de um cidadão.

Mas é preciso que as famílias acordem para essa triste realidade e tomem providências urgentes.

De nada vale cruzarmos os braços e criticar as fábricas de cigarros e de bebidas alcoólicas, pois se não houvesse consumidores os produtos não estariam à venda.

O que temos que fazer, como cidadãos conscientes da necessidade de mudar esse quadro, é agir diretamente junto à raiz do problema. E vamos encontrá-la na intimidade de cada lar, onde os pais dão o exemplo e sustentam os vícios dos filhos, por não terem, eles mesmos, força e coragem suficientes para romper com seus próprios vícios.

Que o desabafo do cantor que perdeu tudo para a cocaína sirva de alerta para todos nós, e que possamos fazer algo positivo para ajudar nossos jovens a não seguir pelo mesmo caminho.

Você sabia?

Você sabia que, segundo a organização mundial de saúde e o instituto nacional do câncer, existe cerca de 1 bilhão de fumantes em todo o mundo?

E que o cigarro deverá matar 4 milhões de pessoas, ainda neste ano?

Isso significa que a cada 10 segundos alguém morre vitimado pelo fumo.

Segundo as mesmas fontes, 90% dos fumantes se viciam antes dos 19 anos.

Por tudo isso, fique atento para que o seu filho não venha a fazer parte dessas trágicas estatísticas.

União e força




Quando duas ou mais pessoas se reunirem em meu nome...

Eu aí estarei! - Jesus.

Jesus, o Grande Pastor de todos nós, ovelhas carentes de amparo e proteção, afirmou que se nos reuníssemos em Seu nome, estaria conosco.

Não se referiu a nenhuma religião específica, posição social ou raça. Simplesmente disse que se as pessoas se reunissem em Seu nome, Ele ali estaria.

Assegurou que tudo o que pedíssemos ao Pai, em Seu nome, Ele nos concederia. Basta que peçamos com desejo sincero no coração e com as mãos operosas na ação do bem.

É momento, pois, de unir-nos em pensamentos otimistas e fraternos, com vontade firme de mudar a paisagem da Pátria do Evangelho, chamada Brasil.

Rogar a Deus que ilumine as mentes e os corações dos governantes, para que possam tomar decisões acertadas em prol da sociedade.

Rogar a Deus pelos religiosos, para que estejam atentos à responsabilidade perante as leis que regem a vida, para que não desperdicem a oportunidade de conduzir seus fiéis a Deus.

Rogar pelos homens que fazem as leis, para que Deus lhes mostre a justiça.

Rogar pelos enfermos do corpo e da alma, para que tenham forças e superem as dificuldades com coragem.

Pedir a Deus pelos criminosos, que eles possam cair em si e retornar ao Pai que aguarda, amoroso, a volta dos filhos pródigos.

Lembrar também de pedir pelos demais países da Terra. Pelos povos que se digladiam em nome de Deus; pelos que disputam o poder; pelos que alimentam as guerras, dizimando populações inteiras, pois todos esses se distanciaram do Criador.

Pedir que Deus envolva em Suas bênçãos as pessoas de boa vontade, para que possam continuar trabalhando no bem, seja no campo das ciências, das artes, da religião, seja no que for.

Já é tempo de derrubarmos os muros que nos separam uns dos outros porque discordamos da maneira que esta ou aquela religião busca adorar a Deus.

É hora de percebermos o que é bom e apoiarmo-nos.

Afinal, o bem é sempre o bem, e não deixará de sê-lo porque praticado por pessoas de religião diversa da nossa.

Quem é que, tendo o mínimo de sensibilidade, não se comoveu vendo aquele homem debilitado correndo o mundo em nome da paz?

Aqueles que realmente querem construir um mundo melhor, não ficaram indiferentes diante de João Paulo II que, visivelmente enfermo, viajava pela Terra inteira.

Esse homem que, com serenidade no olhar cansado, e esforços para vencer as próprias limitações, buscou sensibilizar seu rebanho para a valorização da vida; o fortalecimento dos laços de família; o respeito às leis de Deus.

Vale a pena meditarmos sobre essas importantes questões da vida, lembrando Jesus ao afirmar que, um dia, haverá um só rebanho, sob a égide de um só Pastor.

E, como Ele próprio afirmou, nenhuma das Suas ovelhas se perderá.

E Suas ovelhas somos todos nós, habitantes dos dois planos da vida, desta morada do Pai, a que chamamos Terra.

Um sábio conselho




Geralmente as pessoas gostam de dar conselhos, mas nem sempre são conselhos dignos de serem seguidos.

No entanto, com aquele jovem médico foi diferente.

Quase ao término da festa de sua formatura, um de seus professores se aproximou, colocou a mão sobre seu ombro, e lhe disse: "Meu filho, vou lhe dar um conselho. Sempre que você for receitar um remédio para um paciente, pergunte-se primeiro: ‘Eu tomaria esse remédio? Eu o daria para minha esposa, minha mãe, meu pai? Receitaria para um filho ou um irmão?’ Se a resposta for sim, então pode prescrever a medicação e guardar a consciência tranqüila."

Aquele jovem recém-formado é hoje um grande médico e exerce a medicina há muitos anos, mas jamais esqueceu aquele sábio conselho.

Mais de vinte anos se passaram e as palavras do seu professor ficaram gravadas na sua mente, orientando suas ações no exercício da medicina.

Seus pacientes têm plena confiança em seus diagnósticos e em suas orientações médicas.

Mas quando alguém lhe fala de como o admira por sua dignidade e competência, ele atribui isso ao seu sábio mestre, dizendo: "Isso é mérito de um professor que tive na universidade. Foi ele que me deu uma receita infalível para me guiar nas decisões".

Bom seria que cada formando, ao deixar a universidade, recebesse um conselho desses e o seguisse na sua vida profissional.

Se engenheiros e arquitetos se perguntassem sempre, antes de fazer um projeto, se morariam naquele edifício ou casa, se colocariam um ente querido para morar no seu interior.

Se o fabricante deste ou daquele produto usasse o mesmo critério, e jamais colocasse em circulação mercadorias que não deseja para si nem para os seus, jamais teríamos reclamações de consumidores.

Se os políticos, advogados, magistrados, refletissem sobre suas ações, perguntando-se se as aplicariam a si mesmos ou aos seus amores, teríamos uma sociedade bem melhor e mais justa.

Se os professores, enfermeiros, farmacêuticos, fizessem o mesmo, o mundo seria melhor.

Se os governantes, antes de fazer a guerra, se perguntassem se iriam para a frente de batalha, se mandariam a sua mãe, seu filho, sua esposa, seus mais diletos amigos, certamente optariam pela diplomacia.

Enfim, se todos os indivíduos, em qualquer atividade que desempenhem agissem sempre tendo por base fazer aos outros o que aceitariam de bom grado para si mesmos, não haveria violência, injustiça, desamor...

Isso tudo faz sentido para você?

E sabe o que isso significaria?

Sim, seria o cumprimento da regra áurea prescrita por Jesus, o mais sábio dos Mestres.

Simples, não?

A solução de todos os problemas da humanidade num preceito tão simples e fácil de entender...

No entanto, poucos estão dispostos a lançar mão desse recurso.

E sabe por quê?

Porque precisaria derrotar os vilões mais poderosos que ainda habitam o coração do homem: o orgulho e o egoísmo.

Mas você, que deseja construir um mundo mais feliz e mais justo, pode fazer a sua parte sem se preocupar com aqueles que ainda se comprazem na exploração dos semelhantes.

Mas, será que vale a pena?

Sem dúvida, pois você só responderá pelos próprios atos, perante sua própria consciência.

Uma vez mais vamos encontrar na sabedoria de Jesus a afirmativa: "a cada um segundo suas obras."

Por isso é que vale a pena agir com dignidade e honradez, pois somente uma consciência reta lhe dará paz de espírito, neste mundo e no outro.

Pense nisso, e faça a sua parte no exercício da sua profissão, seja ela qual for.

Consciência social





Em O Livro dos Espíritos Allan Kardec perguntou aos Sábios do espaço, sobre em que consiste a missão dos espíritos encarnados.

E os benfeitores da humanidade responderam: "em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais.

As missões, porém, são mais ou menos gerais e importantes. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão, como o que governa, ou o que instrui.

Tudo em a natureza se encadeia. Ao mesmo tempo em que o espírito se depura pela encarnação, concorre, dessa forma, para a execução dos desígnios da providência.

Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter alguma utilidade."

Como podemos perceber, todo homem tem sua parcela de responsabilidade na construção de um mundo melhor.

Por essa razão, é importante perguntar a nós mesmos o que estamos fazendo para melhorar as instituições terrenas e fomentar o progresso geral.

Em pleno século XXI Ainda há pessoas que pensam que os problemas sociais são de responsabilidade exclusiva dos governos, e lavam as mãos.

Há empresários que, alegando desonestidade por parte dos governantes, sonegam impostos.

Apesar de nada justificar a sonegação, é preciso perguntar se eles assumem para si mesmos a responsabilidade de investir o montante sonegado em favor da sociedade da qual se beneficiam.

Se destinam o valor deixado de recolher aos cofres públicos para custear o ensino de crianças e jovens carentes, a fim melhorar a condição social da sua localidade.

Ou se deixam de pagar impostos apenas para enriquecer os próprios bolsos, usando a desculpa de que o governo não faz.

Ter consciência social é estar atento às necessidades dos cidadãos que estão sobre os palcos da terra, neste cenário do qual também fazemos parte.

Ter consciência social é descobrir aqueles que já atuam em organizações não governamentais, ou outra iniciativa qualquer, movendo esforços em favor de um mundo melhor, e se somar a eles.

Ter consciência social lúcida é contribuir de forma efetiva, e sem interesse oculto, com todas as ações nobres, não importando se são iniciativas de religiosos ou de ateus.

Ter consciência social é deixar de criticar governos e instituições e fazer a sua parte para a melhoria da situação do seu lar, da sua rua, do seu bairro, da sua cidade, do seu estado, do seu país, do seu planeta.

Somos todos habitantes do planeta. Estamos todos nessa mesma embarcação chamada Terra.

Precisamos nos comprometer com a melhoria das instituições de um modo geral. Seja essa instituição o nosso lar ou o lar do vizinho. Seja o nosso país ou o país vizinho.

Nossa raça deve ser a raça humana. Nossa nacionalidade deve ser a terra.

Nossa paternidade deve ser o criador. Nossos irmãos devem ser todos os homens do planeta.

Para que cumpramos a missão que Deus nos confiou, é preciso olhar o mundo com mais abrangência, abandonando essa forma míope de ver o mundo como se o mundo fosse apenas eu com meus próprios interesses.

Pensemos nisso e dilatemos a nossa atenção. Façamos um pacto conosco mesmos e coloquemos mãos à obra.

A obra que nos cabe executar no cumprimento da missão que o criador do universo nos confiou.

É para isso que estamos aqui. Foi por isso que nascemos neste abençoado planeta.

Pense nisso!

Você não é uma pedra solta, no leito do rio do destino, a rolar incessantemente. Você tem uma meta que o aguarda e que alcançará.

Em sua origem você é luz avançando para a grande luz.

Só há sombras porque você ainda não se dispôs a movimentar os poderosos geradores de energia adormecida no seu interior.

Pense nisso e comece agora a fazer luz na própria caminhada e, por conseguinte, espalhando luz ao seu redor.

Poder e Autoridade




Na dinâmica da vida social o poder exerce forte fascínio sobre as criaturas.

Muitas pessoas desejam ocupar cargos que lhes conceda poder sobre outros indivíduos, mas poucas sabem exercer esse encargo com autoridade.

Ter poder não é o mesmo que ter autoridade.

O poder "é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer."

A autoridade é "a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que quer, por causa de sua influência pessoal."

Para exercer o poder não é necessário ter coragem nem inteligência avantajada. Crianças menores de dois anos são mestras em dar ordens a seus pais.

A história da humanidade registrou os feitos de muitos governantes déspotas e insensatos.

Mas, para ter autoridade sobre pessoas é preciso um conjunto de habilidades especiais.

Uma pessoa pode exercer autoridade mesmo não estando num cargo de poder, enquanto outra pode estar no poder e não ter autoridade alguma sobre seus subordinados.

Em uma sociedade injusta, o poder pode ser vendido e comprado, dado e tomado.

As pessoas podem ser colocadas no poder porque são parentes ou amigas de alguém, porque têm dinheiro, uma posição social de destaque ou outra conveniência qualquer.

Mas com a autoridade isso não ocorre.

A autoridade não pode ser comprada nem vendida, nem dada ou tomada. Diz respeito a quem você é como pessoa, ao seu caráter e à influência que exerce sobre terceiros.

Para estabelecer autoridade, o líder precisa ser honesto, confiável, responsável, respeitoso, entusiasta, afável, justo, dar bom exemplo, ser bom ouvinte.

Quem não tem autoridade pensa só nas tarefas e exige que suas ordens sejam cumpridas.

Quem tem autoridade pensa nas tarefas, mas cuida também dos relacionamentos.

No processo administrativo há sempre essas duas dinâmicas em jogo: a tarefa e o relacionamento.

Atender uma, em detrimento da outra, é caminho curto para o fracasso.

E conseguir o equilíbrio entre ambas é uma característica de quem exerce liderança com autoridade.

Assim sendo, se você é um líder e precisa lembrar isto às pessoas, é porque você não é.

Mas se você não está no poder e mesmo assim as pessoas buscam suas orientações, é porque você tem autoridade.

Pense nisso, e lembre-se: liderar é executar as tarefas que estão sob sua responsabilidade ao tempo em que constrói bons e duradouros relacionamentos.

Pense nisso!

O líder ideal é aquele que, pela sua autoridade intelecto-moral, inspira os seus colaboradores e os eleva à condição de amigos.

Quem tem autoridade efetiva não teme perdê-la ao se aproximar dos outros e tratá-los exatamente como gostaria que os outros o tratassem.

Assim, se você é responsável pela condução de outros seres, medite quanto à responsabilidade que lhe cabe sobre os destinos dessas pessoas e procure ser alguém com autoridade, e jamais apenas alguém que detém o poder.

Pense nisso, e procure ouvir os que convivem com você mais de perto.

Você lembrará. . . . .


Você lembrará...

Quando os cabelos nevados lhe aureolarem a face...

Quando os dias se fizerem frios, porque a gélida solidão faz presença ao seu lado...

Quando seus dias se fizerem de insistente saudade, você lembrará...

Lembrará das tardes quentes, quando levava a passear os pequenos e havia risos de alegria, lambuzeira de sorvete e pipocas espalhadas pelo carro.

Recordará das brincadeiras dos meninos, usando a mangueira do jardim para se molharem uns aos outros, em vez de regar as plantas.

Lembrará de sua voz recomendando menos bagunça, economia de água, de energia elétrica...

Lembrará das mãos pequeninas que mexiam em sua orelha, enquanto os olhinhos tentavam se fechar, entregando-se ao sono.

Lembrará do ursinho de pelúcia, de olhos grandes, deixado no banco de trás de seu carro, acompanhando-o em viagem de negócios, em visitas a clientes.

O ursinho que ficava ali, sempre à disposição, aguardando o retorno de seu dono, ao final do dia.

Lembrará das vozes perguntando: Pai, você me ergue? Não estou vendo nada daqui. Eu sou muito pequeno.

Você me carrega? Tô cansado.

Mami, você me gosta?

Lembrará do lanche da tarde, das visitas inesperadas portando sorrisos e flores; das festas surpresas nos aniversários; das cartas que chegavam com perfume de lembrei de você; das viagens com os amigos; dos amores, dos afagos, das lágrimas de emoção e contentamento.

Você lembrará...

Tudo passará no caleidoscópio das memórias, trazendo-lhe ao coração ternura e saudade.

* * *

Pense nisso, nos dias que vive e aproveite ao máximo o alimento do afeto, da presença, da alegria.

Mantenha a aparência jovial, embora o tempo teime em lhe colocar fios de prata nos cabelos bastos e arabescos na face.

Conserve o sorriso espontâneo e claro, mesmo que a alma esteja em trajes de luto.

Memorize os momentos felizes e arquive tudo no canto mais privilegiado de sua mente.

Não esqueça nenhum detalhe: o dia cheio de luz ou a chuva insistente; as roupas coloridas, o boné levado pelo vento; os risos, o machucado, o aconchego dos pequenos em seu colo; o adormecer cansado em seus braços, após as horas de corrida e travessuras pelo parque; o cheirinho de bebê, o perfume do xampu, os cabelos escovados ou despenteados, rebeldes, jogados aos ombros.

Observe tudo. Grave tudo. Um dia, quando a solidão se sentar ao seu lado, esses detalhes, essas pequenas-grandes coisas lhe farão companhia.

Você as retirará, uma a uma, do baú de memórias e alimentará as suas horas, para continuar a ser feliz, como hoje o é.

E talvez nem se dê conta do quanto é feliz.

Preparando a felicidade do seu amanhã, você acabará por descobrir, ainda hoje, o quanto é feliz.

Pense nisso... E aja agora.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Quando Você Olhar....





Quando você olhar a sua volta e achar que o mundo se perde em confusão, que os homens se agridem e se destroem em angústias, olhe para dentro de você;

Lembre-se que sua vida não está lá fora, não depende do que você ouve, mas do que está na sua consciência.

O mundo dos outros não é o seu mundo, a menos que você contribua para a degradação e confusão externas e comuns a muitos setores.

Quando olhar à sua volta e só enxergar problemas, busque sua verdade interior, trabalhe os valores que já construiu e a sua sintonia com Deus.

Expresse o melhor de você, pois o mundo é o resultado do que irradiamos e manifestamos, do nosso esforço ou nossa preguiça nossa nobreza ou nosso desajuste.

Quando a descrença povoar seu coração e você vacilar, sofrer e chorar, é porque sua hora de renascer internamente chegou e pressiona você para não mais adiar sua busca de Deus.

Pare então de olhar só para fora e de se impressionar com a propaganda, com que os outros dizem sobre atualização, libertação ou modismos. Olhe demoradamente sua consciência, sua harmonia interna; indague-se, faça
silêncio para que a verdade brote natural.

Há um ponto de luz em seu interior que pode desfazer todas as sombras e dúvidas.

Busque o fluir da luz. Que importa se muitos se enquadraram num sistema egoista e amargo?

Comece você a iluminar, a modificar, a permitir que a paz flua através de você.

Deixe que a fonte divina jorre sobre tudo. Comece agora.

O esforço próprio é a mola do verdadeiro crescimento humano, é nele que está o germe da vitória. Não creia nunca no sucesso fácil, na vitória sem luta.

Cada um se constrói ou se denstrói, se arma, se fortalece e se conquista, ou deixa passar sua hora de crescer e de aperfeiçoar-se.

A mente nos oferece mil opções, escolha o esforço correto para as conquistas definitivas, ninguém pode fazer por nós o caminho.

Trabalho, desinteresse pelo supérfluo e concentração no definitivo eterno são as armas e as portas da libertação.

A cada hora você é chamado, é desafiado para se definir, para aprender nova lição, para expandir a consciência da conquista da paz e do amor a DEUS e ao próximo.

SE ALGUÉM TE PROCURAR...


SE ALGUÉM TE PROCURAR...

Com frio... É porque você tem o cobertor.

Com alegria... É porque você tem o sorriso.

Com lágrimas... É porque você tem o lenço.

Com versos... É porque você tem a música.

Com dor... É porque você tem o curativo.

Com palavras... É porque você tem a audição.

Com fome... É porque você tem o alimento.

Com beijos... É porque você tem o mel.

Com dúvidas... É porque você tem o caminho.

Com orquestras... É porque você tem a festa.

Com desânimo... É porque você tem o estímulo.

Com fantasias... É porque você tem a realidade.

Com desespero... É porque você tem a Serenidade.

Com entusiasmo... É porque você tem o brilho.

Com segredos... É porque você tem a cumplicidade.

Com tumulto... É porque você tem a calma.

Com confiança... É porque você tem a força.

Com medo... É porque você tem o AMOR!


Ninguém chega até VOCÊ por acaso.
Em "TUDO" há o propósito de Deus!
Inclusive em você estar lendo aqui, agora.
Por esta razão e outras, repasse a tantos quanto puder.
Afinal...
"Você pode até não ser ninguém para este mundo, mas é o mundo para alguém"

COISAS QUE APRENDI COM VOCÊ




[Essa é uma mensagem que todos os pais deveriam ler, porque seus filhos estão olhando você e memorizando
o que você faz, não o que você diz.]

"Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você pegar o primeiro desenho que fiz e prendê-lo na geladeira,
e, imediatamente, eu tive vontade de fazer outro para você.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando comida a um gato de rua,
e eu aprendi que é legal tratar bem os animais.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazer meu bolo favorito para mim
e eu aprendi que as coisas pequenas podem ser as mais especiais na nossa vida.

Quando você pensava que eu não estava olhando, ouvi você fazendo uma oração, e eu aprendi que existe um
Deus com quem eu posso sempre falar e em Quem eu posso sempre confiar.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazendo comida e levando para uma amiga que estava doente,
e eu aprendi que todos nós temos que ajudar e tomar conta uns dos outros.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando seu tempo e seu dinheiro para ajudar as pessoas mais necessitadas e eu aprendi que aqueles que têm alguma coisa devem ajudar quem nada tem.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu senti você me dando um beijo de boa noite e me senti amado e seguro.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você tomando conta da nossa casa e de todos nós,
e eu aprendi que nós temos que cuidar com carinho daquilo que temos e das pessoas que gostamos.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi como você cumpria com todas as suas responsabilidades,
mesmo quando não estava se sentindo bem, e eu aprendi que tinha que ser responsável quando eu crescesse.

Quando você pensava que eu não estava olhando eu vi lágrimas nos seus olhos, e eu aprendi que, às vezes,
acontecem coisas que nos machucam, mas que não tem nenhum problema a gente chorar.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi que você estava preocupada e
eu quis fazer o melhor de mim para ser o que quisesse.

Quando você pensava que eu não estava olhando foi quando eu aprendi a maior parte das lições de vida que
eu precisava para ser uma pessoa boa e produtiva quando eu crescesse.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu olhava para você e queria te dizer:
Obrigado por todas as coisas que eu vi e aprendi quando você pensava que eu não estava olhando!"

A dádiva de viver




Por vezes, você caminha pela vida com o olhar voltado para o chão, pensamento em desalinho, como quem perdeu o contato com sua origem divina.

Olha, mas não vê... Escuta, mas não ouve. Toca, mas não sente...

Perdido na névoa densa que envolve os próprios passos, não percebe que o dia o saúda e convida a seguir com alegria, com disposição, com olhar voltado para o horizonte infinito, que lhe acena com o perfume da esperança.

Considere que seu caminhar não é solitário e suas dores e angústias não passam despercebidas diante dos olhos atentos do Criador, que lhe concede a dádiva de viver.

Sua vida na terra tem um propósito único, um plano de felicidade elaborado especialmente para você.

Por isso, não deixe que as nuvens das ilusões e de revoltas infundadas contra as leis da vida, tornem seu caminhar denso e lhe toldem a visão do que é belo e nobre.

Siga adiante refletindo na oportunidade milagrosa que é o seu viver.

Inspire profundamente e medite na alegria de estar vivo, coração pulsante, sangue correndo pelas veias, e você, vivo, atuante, compartilhando deste momento do mundo, único, exclusivo. E você faz parte dele.

Sinta quão delicioso é o aroma do amanhecer, o cheiro da grama, da terra após a chuva, do calor do sol sobre a sua cabeça, ou da chuva a rolar sobre sua face.

Sinta o imenso prazer de estar vivo, de respirar. Respire forte e intensamente, oxigenando as idéias, o corpo, a alma.

Sinta o gosto pela vida. Detenha-se a apreciar as pequeninas coisas que dão sentido à vida.

Aquela flor miúda que, em meio à urze sobrevive linda, perfumosa, a brilhar como se fosse grande.

Sinta-se vivo ao apreciar o vôo da borboleta ou do pássaro à sua frente.

Escute os barulhos da natureza, a água a escorrer no riacho, ou simplesmente aprecie o céu, com suas nuvens a formar desenhos engraçados fazendo e desfazendo-se sob seus olhos.

Quão maravilhosa é a vida!

Mas, se o céu estiver escuro e você não puder olhá-lo, detenha-se no micro universo, olhe o chão.

Quanta vida há no chão...

Minúsculos seres caminhando na terra, na grama...

A formiga na sua luta diária pela sobrevivência...

A aranha, a tecer sua teia caprichosamente, e tantas coisas para ver, ouvir, sentir, cheirar, para fazer você sentir-se vivo.

Observar a natureza é pequeno exercício diário que fará você relaxar, esquecer por instantes as provas, ora rudes, ora amenas, que a vida nos impõe.

Somos caminhantes da estrada da reencarnação, somando, a cada dia, virtudes às nossas vidas ainda medíocres, mas que se tornarão luminosas e brilhantes.

Aprenda a dar valor à dádiva da vida. Isso fará o seu dia se tornar mais leve e, em silêncio, sem palavras, sem pensamentos de revolta, você terá tido um momento de louvor a Deus.

Aprenda a silenciar o íntimo agitado e a beneficiar-se das belezas do mundo que Deus lhe oferece.

A sabedoria hindu aprecia, na natureza, o que Deus desejou para ela: que fosse aliada do homem no seu progresso, oferecendo o alimento, dando-lhe os meios de defender-se das intempéries.

E, sobretudo, sendo o seu colírio diário suavizando as aflições da vida.

Pense nisso, e aprenda a dar graças pela dádiva de viver.

Viver conscientemente



Você já pensou na diferença entre viver e existir?

Embora uma análise superficial dos dicionários nos dê a impressão de que os dois termos têm significados iguais, uma busca atenciosa pode sugerir algumas diferenças.

Para viver, basta ter vida. Todos os seres orgânicos vivem.

Para existir é preciso um certo grau de consciência. É saber retirar da vida o que ela tem de melhor para a evolução do ser.

Um sábio da antigüidade expressou bem essa idéia sintetizando-a em uma frase célebre: "penso, logo, existo."

Existir pressupõe uma ação consciente, exige a ação do pensamento.

Existir é ser, estar, permanecer.

Sob esse ponto de vista, podemos nos questionar se existimos de fato ou simplesmente vivemos, passando pela vida de forma quase inconsciente.

Grande parte dos seres humanos vive sem dar a devida atenção às circunstâncias à sua volta.

Permitimos que a nossa existência se transforme num automatismo pernicioso e paralisante.

É como se, ao acordar pela manhã, ligássemos o "piloto automático" e nos deixássemos por ele conduzir, sem estar efetivamente desperto.

A tal ponto isso é real que, ao anoitecer, poucos se lembram dos fatos ocorridos no decorrer do dia.

E esse tipo de comportamento é extremamente prejudicial porque nos conduz ao final da vida física sem que tenhamos retirado dela os ensinamentos necessários.

Não é outro o motivo pelo qual as massas são facilmente conduzidas, tangidas pelas idéias dos que pensam e gostam de manipular seres distraídos.

É dessa forma que somos seduzidos pelos modismos, vícios, e outros interesses mesquinhos que surgem apontando soluções fáceis, mas ilusórias.

Vale a pena que demos outro sabor à nossa vida e passemos a existir conscientemente.

Refletindo no que é melhor para nós mesmos e para nossos familiares, amigos e vizinhos.

Não nos deixando levar por propostas infelizes que só nos farão sofrer mais tarde.

Procurando conjugar o verbo ser, ao invés de nos atermos somente no ter.

Analisar as mensagens veiculadas pela mídia, a fim de que possamos retirar as boas idéias e descartar as que complicarão as nossas vidas.

Assim, a opção será sempre nossa: passar pela vida como autômatos ou existir com consciência desperta.

Aquele que opta por viver como outro ser orgânico qualquer, teme a morte física. Mas aquele que existe de forma consciente, passa a aduana do túmulo com lucidez e segue existindo.

Pense nisso!

Há pessoas que vivem praticamente do estômago para baixo. Comem, bebem, fazem sexo, torcem para seu time favorito, brigam por ele, dormem e, por fim, morrem.

Esses são os chamados "homens fisiológicos".

Só pensam em si mesmos. Encaram o trabalho como uma obrigação e não ensinam a ninguém o pouco que sabem.

E há os homens psicológicos. São aqueles que, sem deixar de atender as funções fisiológicas, têm muita fome intelectual.

Lêem bastante, meditam, raciocinam, iluminam a mente com idéias salutares e contribuem positivamente para um mundo melhor.

Seu trabalho é eficiente e geralmente fazem o que podem para ensinar aos colegas tudo o que sabem.

São pessoas que existem de forma consciente. Têm, no dizer de Jesus, olhos de ver e ouvidos de ouvir.

Pense nisso!

Doenças ou doentes?




Desde que o mundo é mundo, a Humanidade tem lutado contra as enfermidades mais variadas.

Quando consegue controlar uma delas, outras surgem, mais cruéis e ameaçadoras.

Tem-se lutado com ardor para extirpar as doenças da face da Terra.

Mas por que não se consegue, já que a ciência moderna tem recursos fantásticos?

A resposta é simples: tem-se buscado curar os efeitos e não as causas.

Ou seja, temos envidado esforços para curar os corpos, esquecidos de que o enfermo é o Espírito imortal e não o corpo que perece.

O corpo é como um mata-borrão, que absorve e exterioriza as chagas que trazemos na alma.

A mente elabora os conflitos, os ressentimentos, os ódios que desatrelam as células dos seus automatismos, degenerando-as e possibilitando a origem de tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride.

A sede de vingança volta-se contra o organismo físico e mental daquele que a acalenta, facilitando a instalação de úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas que empurram o ser para estados desoladores.

As angústias cultivadas podem ocasionar as crises nervosas, as enxaquecas, entre outros males.

A inveja, a cólera, a competição malsã provocam indigestões, hepatites, diabetes, artrite, hipertensão, entre outros distúrbios.

O desamor pessoal, o complexo de inferioridade, as mágoas, a autopiedade, favorecem os cânceres de mama, na mulher, e de próstata, no homem, além das disfunções cardíacas, dos infartos brutais e outras doenças.

A impetuosidade, a violência, as queixas sistemáticas,os desejos insaciáveis dão ocasião aos derrames cerebrais, aos estados neuróticos, psicoses de perseguição, etc.

Como podemos perceber, a ação do pensamento sobre o corpo é poderosa.

O pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-as em harmonia.

O contrário ocorre com o pensamento desequilibrado.

O homem é o que acalenta em seu íntimo. O que surge no corpo é a exteriorização dos males que cultiva na alma.

Não é outro o motivo pelo qual Jesus alertava àqueles a quem curava dizendo: Vá, e não tornes a pecar para que mal maior não te aconteça.

O que quer dizer que a saúde está condicionada ao modo de vida de cada criatura.

E que não há doenças, mas doentes, que, em maior ou menor intensidade, somos todos nós.

* * *

Jesus, que foi o exemplo máximo do amor, jamais adoeceu, porque era são em Espírito, o que proporcionava saúde ao corpo.

Desta forma, se quisermos a saúde efetiva, enquanto buscamos a cura do corpo, tratemos também o verdadeiro enfermo, que é o Espírito.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Ciúme destruidor




A vida de Ana se tornara muito ruim, desde o momento em que começou a desconfiar que Artur, seu marido, tinha outra mulher.

Ana olhava para ele e se sentia traída. Toda vez que Artur chegava atrasado do trabalho, mesmo que dissesse que fora o trânsito complicado ou uma reunião de última hora, ela pensava: "demorou por causa da outra. Devem ter se encontrado hoje. Por isso se atrasou."

A paz do lar ficou comprometida. Ele chegava cansado, ela estava mal-humorada e procurava todos os motivos para reclamar.

Por vezes, ela surpreendia Artur dispersivo, distante. O pensamento longe. Era o suficiente para pensar consigo mesma: "olhe só como está pensativo! Aposto que está pensando nela."

Finalmente, um dia, ela resolveu seguir o marido para o surpreender.

Esperou-o na saída do trabalho. Ele pegou o carro, andou algumas quadras e parou na floricultura. Ela viu quando ele escolheu as maravilhosas flores e saiu carregando-as com carinho.

"Mau-caráter", pensou ela. "gastando com outra."

Aquilo a deixou de tal forma desconsertada, que começou a chorar. Foi para casa e se jogou na cama. Chorou muito.

Pouco depois, ela ouviu a porta abrir e seu marido chegar. Escutou os passos dele na escada, subindo até o quarto do casal, onde ela estava.

Mal o viu adentrar o quarto, ela se sentou na cama, os olhos vermelhos de chorar, os cabelos em desalinho e desabafou:

"Eu vi tudo. Você não pode negar. Comprou flores para ela. Rosas vermelhas maravilhosas. Você me traiu. Traiu o nosso amor."

Alterada, ela se levantou e avançou na direção dele. Para sua surpresa, verificou que ele trazia nas mãos o lindo ramalhete de rosas vermelhas.

Um pouco chateado, estendendo o ramalhete para ela, ele falou:

"Ana, hoje é dia do nosso aniversário de casamento. Você nem se lembrou?"

O ciúme cria quadros exagerados, fomentando desconfiança. Atestado de insegurança, destrói o relacionamento pelo clima de tensão que cria a todo momento.

Cultivador da infelicidade, o ciúme altera a correta visão dos fatos, aumentando a importância de pequenos atrasos, desejos não atendidos, esquecimentos de datas e compromissos a dois.

Criando azedume, envenena a alma e desassossega o pensamento.

Colocando óculos escuros na visão mental, tudo faz parecer escuro, sombrio, devastador.

Uma distração é tida à conta de desinteresse. O atraso para um encontro é considerado desrespeito.

Fora da realidade sempre, o ciúme provoca cenas desastrosas e desgastantes, em situações onde uma leve indagação ou uma conversa a dois, com toda a certeza, resolveria,.

***

Nunca deixemos que o ciúme nos atormente, ele é o responsável pela devastação de corações e de lares.

Se nos sentimos inseguros, fortifiquemos a relação a dois com diálogos mais profundos, com saídas para um passeio ao luar ou um final de semana a sós.

Se o outro estiver, verdadeiramente, permitindo que a relação esfrie, que o amor amorne, providenciemos o melhor para o estreitamento dos laços afetivos, guardando a certeza de que é nos pequenos gestos que a relação se torna mais forte, mais firme.

Catadora de papel




A professora Rute Villas Boas, sensibilizada com uma cena comum nos dias de hoje, mas que passa despercebida por muitos de nós, escreveu o seguinte:

Ela passava todas as noites, altas horas, empurrando um carrinho, cujas rodas rangentes avisavam-me da sua chegada.

Vinha sempre acompanhada de uma criança que a ajudava a recolher papéis, precioso saldo da coleta dos lixeiros.

Na penumbra formada pela copa das árvores, eu apenas conseguia vislumbrar-lhes as silhuetas, esquálidas e andrajosas.

Seus rostos ainda me permanecem anônimos, mas suas vozes parecem ecoar nos meus ouvidos, cada vez que me lembro delas.

Indiferentes ao sono e às intempéries, caminhavam mãe e filha a passos lentos, como que para desfrutarem ao máximo a mútua companhia.

E conversavam muito. Havia, na fala daquelas criaturas, um misto de compreensão e cumplicidade. E muito carinho.

A mulher, embora maltrapilha, trajava-se de uma dignidade que só as grandes almas possuem, ensinando à garota os segredos da vida.

A menina, supostos oito ou nove anos, absorvia-lhe as palavras, atenta, argumentando algumas vezes, questionando outras...

E o diálogo fluía, longo, harmonioso, suave e, de repente, explodia em cristalinas gargalhadas.

Sinal inequívoco de que se sentiam felizes, pelo simples fato de estarem juntas.

Há muito tempo, já não passam pela minha rua. Talvez tenham mudado o percurso. Talvez tenham mudado de vida ou de endereço. Talvez... Quem poderá saber?

Hoje, me surpreendi pensando naquela mulher e na extraordinária lição de vida que ela me deixou: mesmo dentro da mais absoluta miséria, jamais negligenciou o sagrado compromisso da maternidade.

Mesmo em face das inúmeras adversidades, preferia carregar consigo a filha muito amada, aproveitando todo o tempo para orientar-lhe o caminho.

E nem o cansaço, nem a fome presumível, nem a incontestável pobreza conseguiam tirar-lhe a paciência e o bom humor, condições indispensáveis à difícil tarefa de educar.

No árduo momento em que vivemos, o que constatamos, com freqüência, são pais ensandecidos pela ânsia da conquista de "status" social, sem disponibilidade, ausentes, formando, mesmo dentro de lares abastados, filhos desorientados, carentes e tristes.

Pensando nisso, resolvi prestar uma homenagem especial a essa ignorada mulher, diamante oculto na rocha bruta, mãe sem rosto e sem nome: mãe "catadora de papéis"!

* * *

Importante extrair dessa singela história o ensinamento grandioso que ela contém.

A lição de que o afeto, a atenção e o carinho não dependem do dinheiro para poder se expressar.

O amor não necessita de recursos financeiros, posição social ou diplomas para brotar.

O amor, para se manifestar, precisa, tão-somente, de um coração disposto.

De um coração que entenda o amor e o deixe nascer e florescer, ainda que em condições difíceis, onde a miséria material habita.

E onde o amor floresce, onde existe educação, atenção, compreensão e afeto, surge sempre a esperança acenando com as possibilidades de um amanhã mais feliz e risonho.

Pense nisso!

A criança e Deus



Conta-se que um espírito, pronto para renascer, perguntou a Jesus:

Dizem-me que estarei sendo enviado à terra amanhã...tomarei um corpinho de criança e gostaria de saber como é que eu vou viver lá, sendo assim pequeno e indefeso?

E Jesus disse-lhe:

Entre muitos anjos, eu escolhi um especial para cuidar de você. Estará lhe esperando e tomará conta de você.

Mas o espírito ainda um pouco preocupado falou novamente com Jesus: diga-me, o que preciso fazer para ser feliz? Serei feliz lá?

E Jesus lhe respondeu: seu anjo cantará e sorrirá para você... A cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz."

E como poderei entender quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que os adultos falam?

Jesus o consolou dizendo:

Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a pronunciar as primeiras palavras e assim você reaprenderá a falar.

E como poderei andar, se minhas pernas serão frágeis e incapazes de sustentar o meu corpinho?

O Benfeitor acalmou-o:

Para sustentá-lo você terá os braços do seu anjo, que velará noite e dia por você.

E o espírito insiste: e o que farei quando quiser falar com o Senhor?

Jesus esclareceu com carinho: seu anjo lhe falará de mim e do nosso pai que é Deus, o Criador de todas as coisas, e lhe ensinará a entrar em contato comigo através da oração.

Eu ouvi dizer que na terra há homens maus. Quem me protegerá?

Seu anjo lhe defenderá mesmo que signifique arriscar sua própria vida.

Mas eu serei sempre triste porque eu não o verei mais por muito tempo.

Seu anjo sempre lhe falará sobre os meus ensinamentos, lhe ensinará a maneira de vir a mim, e eu estarei sempre com você.

Naquele momento havia muita confiança no coração daquela futura criança, e as vozes da terra já podiam ser ouvidas.

Nesse instante o espírito, apressado, fez sua última pergunta:

Oh Jesus, já estou pronto para ir agora, diga-me por favor o nome do meu anjo.

E Jesus, olhando-o com ternura respondeu: "você chamará seu anjo... de mãe!

***

Cabe à mulher, que tem a honra de receber os filhos de Deus para ajudá-los a evoluir, a nobre missão de conduzí-los ao Criador, ensinando-os a viver com dignidade e fé.

Cabe ao homem, que se faz pai, a responsabilidade de assumir a paternidade com sobriedade e honradez.

Cabe ao pai e à mãe, na condição de co-criadores com Deus, a grandiosa missão de elevar a humanidade aos altos planos da felicidade, tomando das mãos dos homens, ainda crianças, para que aprendam a trilhar os caminhos dos verdadeiros homens de bem.